quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Sustentando a Palavra Profética

2 Pedro 1:19



     Introdução: existe um poder espiritual nas palavras que saem da nossa boca que vai além do nosso entendimento. Provérbios 18:21 ensina que “a morte e a vida estão no poder da língua”. Bem, se a palavra que sai da nossa boca tem esse valor todo, imagine a palavra que sai da boca de Deus, sendo liberada por intermédio da nossa boca. Em Isaías 55:11, Deus decreta: “Assim será a palavra que sair da minha boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a designei”.
     O que precisamos entender é que o nosso Deus é Deus de palavra. Ele é um Deus que fala, promete e cumpre. Entretanto, muitas vezes não damos crédito ao que Ele está falando, e perdemos as bênçãos por isso. Abordando esse assunto, Pedro, em sua 2ª carta, escreve o seguinte: “Temos assim tanto mais confirmada a palavra profética e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vossos corações” (2 Pe 1:19).
     Pedro diz que precisamos atender à palavra profética, isto é, prestar atenção ao que foi liberado ao nosso favor. Ele ensina que a palavra que é dita ao nosso respeito é mais do que um palavra de ânimo, mas uma candeia que brilha e faz nascer a estrela da manhã na alma. Ou seja, Deus libera uma palavra sobre a nossa vida, cremos nela, e velamos por aquilo que foi dito. É como se uma pequena lanterna acendesse num momento de escuridão da vida para nos conduzir à claridade total, isto é, a solução do problema. Como diz Pedro: uma candeia que brilha em lugar tenebroso até que o dia clareie.
     Se você tem vivido um tempo em que as coisas não estão muito claras, agarre-se à palavra profética, que servirá de candeia para lhe conduzir ao dia claro. Diante dessa proposta, algumas perguntas são inevitáveis: Como viver pela palavra? Como sustentar a promessa? Como construir uma nova mentalidade? Para respondê-las, vamos nos valer da experiência de Josué, discípulo de Moisés, que tinha uma palavra profética sobre a sua vida e foi conduzida por ela.

1. Decisão de Alma – diante de uma palavra de Deus ao nosso favor, antes de tudo, precisamos de uma decisão de alma. Em Josué 1:6 e 9, por duas vezes, Deus diz a Josué: “Sê forte e corajoso”. A alma é o centro das nossas decisões, se as nossas emoções na se estabilizarem, a nossa convicção será abalada e a palavra profética pode se perder. Essa é a razão pela qual muitas pessoas, nos seus altos e baixos, abandonam o que Deus liberou sobre a vida delas.
Perceba que Deus estava falando para Josué que seria com ele, mas cabia a Josué vencer os seus medos. A instabilidade emocional rouba a promessa. Infelizmente, muitos se tornam infantis diante da adversidade e na sua infantilidade perdem a palavra profética. Satanás é ladrão de promessas, não permita que ele roube o projeto de Deus para a sua vida. Decida de todo coração a permanecer dentro do plano de Deus, certamente, tudo o que Ele prometeu para você se realizará.

2. Buscar o sobrenatural – em segundo lugar, não podemos nos esquecer que a decisão tem que ser alimentada, e o grande alimento da decisão é provar do sobrenatural de Deus. Em Josué 1:5 Deus diz: “Assim como fui com Moisés, assim serei contigo”. O ministério de Moisés foi marcado pelo sobrenatural. As dez pragas do Egito, a abertura do mar Vermelho, a água que fluiu da rocha, os dez mandamentos, são exemplos de como a mão sobrenatural do Senhor foi com Moisés.
Quando decidimos permanecer naquilo que Deus falou conosco, temos que alimentar a nossa decisão com o poder sobrenatural de Deus. Deus disse que da mesma forma como foi com Moisés, Ele seria com Josué. Pois, Ele foi com Josué, então temos que acreditar que da mesma forma Ele será conosco. Portanto, busque o milagre, prove do extraordinário. Quem assume a promessa e permanece nela, certamente entrará num tempo de conquista sobrenatural.

3. Sustentar a decisão com a palavra – em Josué 1:8, Deus coloca a sua Palavra como a grande base que sustenta a nossa decisão. Ele diz para Josué não cessar de falar do Livro da Lei e meditar nele dia e noite. Em outras palavras, Deus está dizendo: “encha a cabeça com a minha Palavra”. A Palavra protege a decisão de outras vozes que tentam roubar o nosso ânimo e a nossa decisão. Muitas vezes, damos mais ouvidos as vozes estranhas que invadem a nossa mente do que a voz de Deus que está registrada nas Escrituras. Para a preservação da alma e a consolidação da decisão, é fundamental se interessar pela Bíblia, fazer dela uma fonte de alimento para o nosso espírito e alma, ter um plano de leitura bíblica, e meditar nas promessas.
     Pr Josué e Pra Raquel



quarta-feira, 29 de dezembro de 2010


HANUKAH - Festa das Luzes
Existe um milagre à sua espera

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens; a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela... a verdadeira luz, que alumia a todo homem, estava chegando ao mundo... E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai.” (Jo 1:1-14)
A Festa de Hanukah é a Festa da Dedicação, a Festa das Luzes, cuja chamada é: na Tua luz, veremos a luz, tudo ficará debaixo da luz.
Na parábola das dez dracmas, o requisito básico para que aquela mulher encontrasse a dracma perdida foi acender a luz (Lucas 15). Encontraremos algo que perdemos quando acendermos a luz. Essa parábola fala do resgate da nossa identidade. A mulher é a figura da Igreja que, com diligência, procura a dracma perdida.
A Igreja é responsável por varrer, tirar a sujeira e acender a lamparina para, com diligência, encontrar o que estava perdido. E quando ela encontrar, não guardará apenas para si, mas convidará seus vizinhos e repartirá sua alegria.
Essa dracma perdida tem um valor espiritual que é a visão. E Deus nos convoca para que retornemos à visão original. Mas, para tirar toda a sujeira, é necessário luz, porque sem a luz podemos varrer e jogar fora coisas que são boas. Então, o conselho é: acenda a sua lamparina para encontrar a visão. Nunca vamos ter a visão com a lamparina apagada.
Por que Deus quer que acendamos a luz do Senhor? Porque quando a luz é acesa, tudo é denunciado. Deus quer que a luz se acenda para que haja denúncia. A sabedoria, o conhecimento e a revelação só virão quando a luz dos olhos do espírito se abrirem. Quando falamos da festa de Hanukah, debaixo da luz do Senhor, o que Deus está querendo nos mostrar? Que Ele vai denunciar todas as trevas.
A Festa de Hanukah é a Festa da Dedicação. Isso porque o povo de Israel precisava consagrar novamente o templo que havia sido profanado com a presença de deuses pagãos em seu interior. O altar foi contaminado com sacrifícios pagãos e uma grande perseguição se levantou contra o povo de Israel (168 a.C).
Porém, uma pequena parte do povo se levantou contra aquela profanação, arrancou todo o nível de imundície que havia sobre o altar e começou o processo de reconsagração do templo, que durou oito dias. Porém o azeite havia sido profanado. Existia apenas uma porção não contaminada, mas era pequena e serviria para apenas um dia. O milagre é que a menorah ficou acesa por oito dias.
Todos celebraram o milagre da Hanukah que significa o clamor de um povo: Deus, que a tua luz permaneça acesa. O primeiro braço da Menorah obrigatoriamente precisa ficar aceso porque é ele que dá luz para os outros. Ele estava aceso e passou luz para os outros. Jesus é a Luz que dissipa as trevas, Ele é a Luz que alumia toda a humanidade (João 1).
Na Festa de Hanukah o povo de Israel recebeu suprimento de óleo para os oito dias necessários para a purificação. Hanukah significa luz acesa, consagração debaixo da luz, separação para santificação ao Senhor, dedicação a Deus.
A Festa de Hanukah é o momento de dedicação, de consagração de tudo que pertence ao Senhor. É momento de entendermos que não devemos profanar aquilo que pertence a Deus. Devemos colocar a herança do Senhor de volta no Seu altar e arrancar toda herança do inimigo.
Em Hanukah, devemos pedir do Senhor óleo novo, uma nova unção para consagrarmos nossas vidas, nossas casas, nossas famílias ao Senhor. Cremos que, nestes dias, os milagres de Deus alcançarão a sua vida e a luz do Senhor permanecerá acesa para sempre na sua Família.
Hag Sameah! Feliz Festa de Hanukah
Pr Josué Pra Raquel

Não Abandone a Terra da Promessa
Rute 1:1-6

Introdução: O livro de Rute inicia contando a história de um chefe de família de um chefe israelita que viveu nos tempos em que os juizes julgavam em Israel. Seu nome era Elimeleque, sua esposa chamava-se Noemi e seus filhos Malom e Quilom. No estudo de hoje, nós veremos o que aconteceu com esta família, e como as decisões de Elimeleque afetaram a sua casa. São três, os aspectos que nós veremos:

1-Foi pressionado pela fome: O versículo 1 diz que houve fome na terra, Elimeleque foi pressionado por uma situação, a fome que veio sobre a sua terra fez com que decidisse sair de Belém de Judá. Existem muitos fatores externos que nos pressionam, que nos empurram para uma decisão. São situações desagradáveis, são provocações que mexem com o nosso brio, e que nos fazem acreditar que teremos de fazer alguma coisa. E assim, debaixo desta pressão as decisões que tomamos acabam comprometendo todo o nosso futuro.

A escassez de alimento fez com que Elimeleque pensasse numa alternativa que resolvesse o problema de sua família. Sabemos que não é fácil ver os recursos que temos se esgotando, sem ter uma perspectiva que nos traga alento e esperança. Por outro lado, ceder a uma pressão, por mais justificável que ela possa ser, pode nos custar muito caro. Por esta razão, qualquer decisão que tomamos, deve ser pesada antes na presença de Deus, para que não sejamos iludidos pelas circunstâncias, em pensarmos que iremos resolver o problema quando na verdade estaremos agravando uma situação.

2-Foi tentar resolver o problema em Moabe: Ao ser pressionado, Elimeleque foi tentar resolver o problema numa outra terra. Ele vai para Moabe, o que foi para ele um erro terrível. Deuteronômio 23:3 Diz que nem um amonita ou moabitas poderia entrar na assembléia do senhor até a décima geração, porque não socorreram Israel quando estava no deserto e ainda alugaram Balaão para amaldiçoar o povo de Deus (Num22: 1-6 ). Assim entendemos que a presença de Deus não era para os Moabitas, Deus não estava em Moabe. Em outras palavras podemos dizer que Elimeleque saiu da presença do Senhor.

Quando nos começamos a nos relacionar com Deus, precisamos vigiar para que as pressões da vida não nos tire do lugar da promessa, do local da bênção. O inimigo vai querer nos afastar da nossa célula, da comunhão da igreja, e tentar nos iludir falando que poderemos resolver o nosso problema em Moabe. Todavia, em Moabe o problema fica maior porque Deus não está lá.

3-Morreu em Moabe: Pressionado Elimeleque tentou resolver o seu problema da forma que ele achou melhor. Porém, ele saiu da terra da bênção e foi para a terra da maldição. O verso 3 diz que Elimeleque morreu em Moabe, sua esposa, Noemi, ficou com seus 2 filhos, Malom e Quiliom, que se casaram com mulheres moabitas,Órfã e Rute. Entretanto, o verso 5 conta que quase uns 10 anos depois eles também morreram.

Todos os homens daquela família morreram. Biblicamente, a figura do homem representa autoridade, isto é, em Moabe o inimigo destruiu a autoridade daquela família. Quando saímos da terra da bênção e vamos para Moabe, o inimigo nos rouba a autoridade. Moabe é lugar de morte, Elimeleque foi para lá, iludido por uma perspectiva de vida e acabou morrendo e levando os seus filhos a morte.

Conclusão: Não podemos sair da terra da promessa, do lugar onde Deus está presente. O inimigo quer nos tirar da presença de Deus para nos destruir, assim como fez com Elimeleque e seus filhos. Mesmos que as pressões, que tentam nos tirar do lugar onde Deus está, sejam fortes, certamente, o Senhor é fiel e vai nos socorrer para que possamos permanecer diante dele. Lembre-se disso, Moabe não é lugar de vida, Moabe é lugar de morte. Portanto, não deixe que o inimigo conquiste o seu coração com ilusões que levaram você à destruição.
*O nome Elimeleque significa “ aquele para quem Deus é Rei”. Esse homem morava em Belém de Judá, terra a onde viria nascer o Rei do universo, Jesus Cristo, o Senhor e salvador. No entanto, esse homem não ouviu a voz
de Deus e cedeu as pressões, abandonou a terra da promessa, e isto acabou lhe custando a própria vida. Na prática Deus não foi o Rei de sua vida.

Amado (a) todos os que receberão a Cristo como Senhor e Salvador, também entraram na terra da bênção. Portanto, mesmo diante das pressões, permaneça no lugar onde a vida está presente. As pressões vêm e passam, e quando vêm, nós temos o socorro daquele que nos ama. Faça uma aliança com o Deus da vida, faça dele o seu Rei, e Ele lhe abençoará e suprirá todas as suas necessidades.

sábado, 30 de outubro de 2010

Pequenos, mas, poderosos.




Texto-Chave: Provérbios 30:24-28

Introdução: Muitas vezes justificamos nossa falta de sucesso e prosperidade, dizendo que somos fracos e limitados. Neste texto, Salomão usa a maravilhosa sabedoria que Deus lhe deu para nos ensinar sobre virtudes que podem nos fazer vencedores, ainda que sejamos pequenos e débeis. Para isso ele usa a figura de quatro pequenos animais, capazes de grandes proezas. Vamos ver o que as formigas, os arganazes (coelhos selvagens ou querogrilos), os gafanhotos e as lagartixas (gecos) têm a nos ensinar:

1) AS FORMIGAS NOS ENSINAM SOBRE PLANEJAMENTO - vs. 25 - Salomão destaca a formiga por sua capacidade de antecipar-se, de trabalhar duro no verão estocando comida para depois, no inverno, não morrer de fome. Esse planejamento faz com que, nos tempos em que não é possível produzir, haja suprimento.
# Pv 6:6-11 - Deixar para depois ou para a última hora é uma terrível característica na vida de muitas pessoas e a Palavra de Deus confronta isto. O servo de Deus deve aprender a antecipar-se, a trabalhar duro enquanto pode para ter os frutos quando tempos difíceis lhe sobrevierem.
# Outras qualidades das formigas: Esforço (é proporcionalmente o animal mais forte que existe, pois carrega folhas e objetos que têm muitas vezes o seu peso), organização, solidariedade.

2) OS ARGANAZES NOS ENSINAM SOBRE ESTABILIDADE - vs. 26 - O arganaz (algumas traduções dizem querogrilo ou coelho) era uma espécie pequenina de coelho selvagem que habitava nas fendas das rochas. Por isso Salomão o usa como modelo de investimento em segurança e estabilidade. Era sua disposição de fazer a casa nas rochas que o protegia dos predadores muito maiores que ele.
# Mt 7:24-25 - Precisamos edificar nossa vida sobre a rocha, que é a palavra de Deus. Se não investirmos em conhecer e viver a Palavra, estaremos à mercê dos problemas e poderemos ver nossa vida (pessoal, familiar, profissional, ministerial) desmoronar.
# Precisamos nos esforçar para conquistar situações de estabilidade, assim como os arganazes se esforçavam para viver nas rochas. Há coisas que podem trazer estabilidade financeira (ser fiel nos dízimos e ofertas, valorizar o trabalho que temos, ter sempre uma reserva/poupança para momentos de emergência), estabilidade familiar (investir na educação dois filhos, tempo de qualidade em casa), estabilidade ministerial (lutar e ser fiel para conquistar um espaço num grupo de doze ou manter o espaço conquistado).

3) OS GAFANHOTOS NOS ENSINAM SOBRE UNIDADE - vs. 27 - Os gafanhotos são um modelo de unidade, pois sempre estão em bando e por esta característica têm um alto poder de destruição. Sua força está na unidade! Isso ressalta a importância de fazermos parte de uma grande igreja e nos movermos na mesma direção para grandes conquistas, causando estragos no reino das trevas.
# Pv 18:1 - O crente que escolhe a solidão, que não se envolve nos movimento da igreja está se levantando contra a sabedoria de Deus.
# Gn 11:6 - Se quisermos grandes conquistas, temos que abrir mão do egoísmo, dos gostos pessoais e andar em unidade, falando a mesma língua dos nossos líderes.

4) AS LAGARTIXAS NOS ENSINAM SOBRE OUSADIA - vs. 28 - O último animalzinho tomado como modelo por Salomão é o geco (uma espécie de lagartixa). Embora pequeno, ele se introduz onde quer, inclusive nos palácios dos reis. Isso fala de ousadia, de não ser tímido, de ambicionar coisas grandes em Deus e escalar os obstáculos para conquistar novos espaços.
# I Co 1:28 - Temos o respaldo de Deus para grandes proezas. Ele tem uma predileção por usar os pequenos e frágeis.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Ritmos e Estilos Musicais


Bem, é sabido que quando toca-se no assunto sobre ritmos e estilos, pisa-se em terreno muito delicado. É verdade que somos constantemente confrontados por alegações imprecisas, questionamentos sem fim e um sem número de afirmações ausentadas de embasamento bíblico ou científico. Com poucas dificuldades, encontramos pessoas classificando ou separando os ritmos, suas velocidades e variações, em algumas colunas, que de certo modo, demonstram a falta de sabedoria e instrução bíblica de seus "criadores"!
Pensando na sinceridade, na boa vontade e na busca pela verdade, é necessário que se responda às pessoas, os questionamentos: Deve haver um estilo musical padrão para usarmos na igreja? Podemos empregar cânticos mais "acentuados"? Há estilos dos quais Deus não goste? O que as Escrituras nos dizem à respeito? Bem, estas são algumas perguntas que pessoas têm nos questionado freqüentemente, que muitas vezes causam discussões e sem exagerar, divisões no Corpo de Cristo.
Antes de mais nada, vamos fazer um estudo do livro de Salmos, que é o chamado "cancioneiro da liturgia no Novo Testamento". Um estudo mais profundo nos leva a crer que existiam os salmos mais "agitados" e os mais "calmos", dependendo da ocasião. Evidentemente, entoar um salmo de tristeza em tempo de festa, nos parece incorreto, assim como, entoar um salmo de júbilo numa ocasião de adoração ou arrependimento, a mesma coisa. Aqui está um ponto crucial! Deve-se usar o bom senso para não haver incoerência na escolha dos cânticos. A inobservância deste aspecto pode nos levar a executar estilos musicais nas horas impróprias! Cânticos de alegria, podem e devem ser cantados em ocasiões alegres, assim como em outras situações, diferentes estilos.
A impossível não nos vir à tona a questão do preconceito. Hoje em dia, ainda há muitas pessoas classificando os ritmos em diabólicos, macabros, impróprios, malignos, infernais e tudo o que for de ruim, mesmo sem ter conhecimento algum sobre o assunto ou mesmo sem conhecer a história do próprio ritmo. Li alguns dias atrás, num fórum de opiniões, um irmão que condenava o ritmo blues, dizendo que ele originava do paganismo. Quanta ignorância! De longe já se percebe que este irmão não conhece a história do blues e nem gostava do blues, por isso o condenava. Isto acontece com muitos outros estilos. Tem irmão até condenando a variação deles ou ritmos similares. Por exemplo: tem gente que gosta de jazz mas condena o blues, tem irmão que gosta de funk mas condena o rap, tem irmão que gosta de MPB mas condena o samba, etc. Você consegue perceber alguma incoerência nisto?
A nossa ojeriza quanto a alguns estilos musicais podem nos levar a tomar certas atitudes bobas e impensadas. Meditem comigo: é muito fácil a gente dizer que uma coisa é maligna quando a gente não gosta ou não concorda com ela. Seguindo a mesma idéia, é muito fácil uma pessoa dizer que o Rock não é de Deus, quando ela não gosta de Rock. Mas aí você pergunta: "Porque que o rock não é Deus?" aí o irmão "sabiamente" responde: "Não sei! Só sei que não é de Deus!". É um problema sério quando os irmãos não sabem discernir o "não gostar no estilo" (que varia de pessoa para pessoa), do estilo "diabólico" (como costumam tachar)!
É necessário ressaltar que na Bíblia, NÃO há qualquer referência sobre ritmo "diabólico" ou ritmo que Deus não se agrade. Ela nem mesmo contém alguma história onde um ritmo foi consagrado ao Diabo ou utilizado apenas no paganismo. Na verdade, ela não esclarece este assunto em nenhum momento. Creio que Deus dá mais importância a outros aspectos (como a mensagem que a música trás, por exemplo) do que o ritmo em si. E aqui devemos relevar a inocência do ritmo. Ele é apenas um conjunto de batidas, ou a volta periódica de tempos fortes e fracos, que podemos executar até com nossas próprias palmas. Você já imaginou alguém dizer que você está executando um ritmo "diabólico" com suas palmas??? Isto demonstraria um ato de infantilidade, de ingenuidade e de certo modo, engraçado!
A questão da diferença de estilos entre as igrejas também deve ser tratada neste artigo, porque aqui mora um perigo. Muitos irmãos que acham que apenas os ritmos utilizados em suas igrejas são os corretos. São irmãos orgulhosos que muitas vezes acabam magoando outras pessoas, para defender seus gostos musicais, mesmo sem ter o menor embasamento bíblico. Teve um irmão que disse que só os hinos da harpa eram inspirados por Deus, o restante não. Veja a que ponto chegamos!!! Há igrejas que defendem o ritmo sertanejo, há outras que defendem o reggae, há outras que defendem o rock, e há outras que dizem que devemos entoar unicamente os cânticos que têm persistido por alguns séculos, como Aleluia, Foi na Cruz, etc. Muitos pensam que apenas estes ritmos são os certos, ou apropriados para usar na igreja. Mas todos devem saber que nos tempos bíblicos estes ritmos nem existiam... tudo era totalmente diferente do que temos hoje. Se formos fazer o "correto" deveríamos imitar a Davi que entoava cânticos em versos poéticos ou igual ao povo de Israel, onde os cantores faziam declarações de louvor e o povo respondia logo após (declaração e resposta), ou finalmente seguirmos a liturgia do Novo Testamento, cantando apenas os salmos, sem a presença de instrumentos musicais!!!
Não existe um ritmo certo para se louvar a Deus!!! Ele nos permitiu ter toda essa variedade de batidas assim como a liberdade de escolher os ritmos mais apropriados para determinadas ocasiões: quebrantamento, júbilo, guerra... Pode ter certeza que nenhuma igreja possui o estilo rítmico mais correto perante Deus e pode ter certeza de que isto não é uma das Suas grandes preocupações! Meu querido irmão, antes de terminar este artigo te peço que, se você tem alguma dúvida com relação aos ritmos que você utiliza em sua igreja, peça direção a Deus e espere a Sua resposta. E acrescento, se você não tem o mesmo gosto musical que o teu irmão tem, não entre em discussões sem fim, mas tenha paciência e aceite-o como ele é, pondo o amor de Cristo e o respeito acima de todas as diferenças que nós temos, inclusive as musicais!!! Louvado seja Deus!!!
Pr Josué

Culto Profético ao Rio Grande do Sul - 20 de Setembro











sexta-feira, 8 de outubro de 2010


Todo servo é um levita
Texto: Nm 4:21-28

O levita é separado por Deus para cuidar da Sua casa. Ele zela pelas coisas de Deus. O seu serviço é deixar tudo em ordem, arrumado, organizado e limpo para os cultos. Ele começa antes de todos e depois de tudo ele está sempre lá para organizar.
Nem todo aquele que se diz levita pode ser chamado de servo, pois nem todos têm o prazer de servir. Quero dizer que nem todos
aqueles que trabalham na casa de Deus estão dispostos a servir, porém, gostam de ser servidos. São egoístas, prepotentes e orgulhosos, esquecem que “maior é o que serve e não o que é servido”.
Muitos dos que trabalham na casa de Deus gostam de receber elogios, mas são incapazes de se esforçar para dar o seu melhor. Não têm o hábito de chegar cedo na casa de Deus, de arrumar o seu microfone, limpar a sua guitarra ou bateria, arrumar o altar, ver se esta tudo ok.
A maioria só chega em cima da hora para tocar ou cantar. Geralmente são os que mais reclamam, e nem ao menos têm tempo para se lembrar de orar antes de começar o culto, abençoando as vidas que estarão vindo pela primeira vez, o pastor, etc. Aliás, muitos nem gostam do pastor. Esses são levitas? Com certeza não, são estrelas querendo brilhar mais que o nosso sol da justiça, Jesus.
Em Números 4:21-28 vemos a família de Gérson que foi chamada por Deus para servir e levar as cargas da tenda da congregação. Dentre estes levitas se destacou um, e seu nome é Itamar.
Quem era Itamar?
Seu nome significa costa das palmeiras . Filho mais novo de Arão (Ex 6:23; I Cr 6:3; 24) que juntamente com seu pai e com seus três irmãos mais velhos foi consagrado ao sacerdócio (Ex 28:1; I Cr 24:2) e incumbido de enumerar e ter sob sua guarda os materiais destinados à construção do Tabernáculo (Ex 38:21).
Os Gersonitas e os Meraritas trabalhavam debaixo da sua inspeção (Nm 4:21-23). Constituiu uma família sacerdotal (I Cr 24:4,5,6) que permaneceu até depois do cativeiro (Ed 8:2). A esta família pertenciam Heli e seus descendentes, que permaneceram nesse ofício durante algumas gerações. Itamar limpava as cortinas do templo, servindo com toda a seriedade e humildade, entendendo que o seu serviço tinha que ser o melhor para Deus. Por sua humildade e coração de servo, Deus o levantou como sumo-sacerdote no seu templo.
Deus elevou como sacerdote um simples serviçal. Deus conhece o coração e sabe quando nós o servimos realmente. Podemos enganar a todos, mas a Deus não enganamos. Só Ele nos sonda e conhece:
“Senhor, Tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces os meus caminhos” (Sl 139:1-3).
Precisamos aprender a servir de todo o nosso coração. Não movidos por motivações erradas, como cantar para mostrar que tem a voz bonita, ou para mostrar a roupa nova, ou para exibir a sua beleza e arranjar um namorado/marido, ou por status.
Precisamos entender que o serviço independe do que fazemos, pois é para Deus. Todos precisamos entender que estamos construindo um reino e que todo o serviço na casa de Deus é nobre e coopera para o bem de todos. O varrer, o arrumar, o introduzir, o interceder, o tocar, o cantar, o pregar, tudo coopera para o bem das pessoas que vem à casa de Deus.
Precisamos servir e dar o melhor; trabalhar sem nada esperar em troca; entregar-se para o serviço de todo coração.
Tiago 4:6 diz: “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”. Muitos querem ser servidos, mas poucos querem servir. Deus escolhe ovelhas que tenham coração de pastor. Ele os tira do meio do povo e os coloca no seu altar. Assim como fez com Itamar, ele pode fazer conosco.
Às vezes queremos a posição de honra, mas, não queremos pagar o preço do sacrifício, da renúncia. Muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos. É na hora da prova que conhecemos o coração do servo.
O servo não murmura, não maldiz, ele ora e espera pacientemente: “esperei com paciência no Senhor e Ele ouviu o meu clamor” (Sl 40:1). Qual tem sido a nossa posição dentro da igreja? Temos sido servos ou senhores? Temos servido de todo coração ou temos esperado recompensas humanas?
Qual tem sido a motivação do nosso coração na casa de Deus? Pra quem fazemos? Pra Deus ou para homens? O que esperamos ganhar com isso? Títulos, regalias, honras? Ou esperamos dar a Deus o nosso melhor, independentemente de receber recompensa ou não, pois alegrar o coração de Deus é nossa maior recompensa?
Deus quer que o nosso serviço seja espontâneo, de todo o nosso coração e não simplesmente uma obrigação. Deus sempre nos dá muito além do que pedimos ou esperamos. Ele nos ama e quer que o nosso amor seja espontâneo, e, por o amarmos tanto assim, servi-lo.

terça-feira, 5 de outubro de 2010


Hino do Rio Grande do Sul
Hino: Cântico de Adoração / Rio: Lugar de Vida de Prosperidade

Como a aurora precursora
É o momento mais escuro da noite (madrugada). Quando D-us tem um grande milagre as trevas visitam. Porém o sol já vai aparecer. Salmos 30:5
Do farol da divindade
Casa de Luz. O Rio Grande do Sul é a casa de luz que revelará D-us para as nações. Isaías 30:26 D-us revela que a luz será 7x maior sobre o seu povo
Foi o 20 de Setembro
10+10=20 Número da plenitude humana: - Dez espias; Diante de Daniel os mágicos e astrólogos eram 10 vezes mais fracos e insuficientes Daniel 1:20; - Os 10 leprosos estavam impossibilitados se curar, eles precisaram de Jesus: Lucas 17:12; 10+10=20 Número dobrado da justiça
O precursor da liberdade
Antecede a liberdade
Mostremos valor constância
Valor: honra, glória , majestade e respeito. D-us escreve nosso hino e nos dá liverdade;
Constância: qualidade daquele que não falta tarefa. Ex.: Cultos, dizimos, ofertas, amor, aliança e etc, sejamos fieis nas nossas tarefas com D-us, como pai, mãe, filho... também significa obstinação, perseverança Mateus 24:13
Nesta ímpia e injusta guerra
Ímpia: que despresa a fé. Quem despresa a tua fé? O diabo, claro. Quando o diabo diz que não tem justiça D-us diz que tem sim Efésio 6:12;
Guerra: luta armada entre dois reinos. (Guerra Espiritual) Mostramos honra e constância nessa falta de fé e justa guerra=contra principados e potestade. Vamos ser justos, poque D-us irá ti acrescentar fé. Jamais desistir dessa guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
Façanhas: feitos heróicos, vitoriosos, proesas e milagres Daniel 11:32. o gaucho vencerá guerras. Todos veram nossos milagres e proesas, D-us fará proesas na tua vida ex.: casamento, finanças, saúde, espiritual... Minha vida será um modelo (declare em alta voz).
Mas não basta pra ser livre, ser forte,
Não basta ser perseverante, valente e forte, preciso ser aguerrido
Aguerrido e bravo
Aguerrido: corajoso
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Escravo: aquele que foi feito prisioneiro. O diabo acha que nos escravizou, mas D-us através de Seu filho pra nos por em liberdade. Caírão as cadeias!
Virtude: aquele que é valente pelo bem e rejeita o mau, larguem a fofoca a mentira a murmuração e a desobediência poque isso não honramos a verdade. Precisamos apoiar a verdade praticar o bem e rejeitar o mau.
Sai do mestre virtude Marcos 5:30. D-us nos dará autoridade para exalar de nós virtude=poder (Espitito Santo) Essa é a maior virtude, deixar as obras da carne e buscar o Espito Santo.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010




Hino do Rio Grande do SulHino: Cântico de Adoração / Rio: Lugar de Vida de Prosperidade

Como a aurora precursora
É o momento mais escuro da noite (madrugada). Quando D-us tem um grande milagre as trevas visitam. Porém o sol já vai aparecer. Salmos 30:5
Do farol da divindade
Casa de Luz. O Rio Grande do Sul é a casa de luz que revelará D-us para as nações. Isaías 30:26 D-us revela que a luz será 7x maior sobre o seu povo
Foi o 20 de Setembro
10+10=20 Número da plenitude humana: - Dez espias; Diante de Daniel os mágicos e astrólogos eram 10 vezes mais fracos e insuficientes Daniel 1:20; - Os 10 leprosos estavam impossibilitados se curar, eles precisaram de Jesus: Lucas 17:12; 10+10=20 Número dobrado da justiça
O precursor da liberdade
Antecede a liberdade
Mostremos valor constância
Valor: honra, glória , majestade e respeito. D-us escreve nosso hino e nos dá liverdade;
Constância: qualidade daquele que não falta tarefa. Ex.: Cultos, dizimos, ofertas, amor, aliança e etc, sejamos fieis nas nossas tarefas com D-us, como pai, mãe, filho... também significa obstinação, perseverança Mateus 24:13
Nesta ímpia e injusta guerra
Ímpia: que despresa a fé. Quem despresa a tua fé? O diabo, claro. Quando o diabo diz que não tem justiça D-us diz que tem sim Efésio 6:12;
Guerra: luta armada entre dois reinos. (Guerra Espiritual) Mostramos honra e constância nessa falta de fé e justa guerra=contra principados e potestade. Vamos ser justos, poque D-us irá ti acrescentar fé. Jamais desistir dessa guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
Façanhas: feitos heróicos, vitoriosos, proesas e milagres Daniel 11:32. o gaucho vencerá guerras. Todos veram nossos milagres e proesas, D-us fará proesas na tua vida ex.: casamento, finanças, saúde, espiritual... Minha vida será um modelo (declare em alta voz).
Mas não basta pra ser livre, ser forte,
Não basta ser perseverante, valente e forte, preciso ser aguerrido
Aguerrido e bravo
Aguerrido: corajoso
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Escravo: aquele que foi feito prisioneiro. O diabo acha que nos escravizou, mas D-us através de Seu filho pra nos por em liberdade. Caírão as cadeias!
Virtude: aquele que é valente pelo bem e rejeita o mau, larguem a fofoca a mentira a murmuração e a desobediência poque isso não honramos a verdade. Precisamos apoiar a verdade praticar o bem e rejeitar o mau.
Sai do mestre virtude Marcos 5:30. D-us nos dará autoridade para exalar de nós virtude=poder (Espitito Santo) Essa é a maior virtude, deixar as obras da carne e buscar o Espito Santo.

Pr. Josué R. Pinheiro

quinta-feira, 5 de agosto de 2010


De órfão a filho, da vergonha a dupla honra

2 Samuel 4.4; 9.1-13

Introdução: Mefibosete significa vergonha. Ele era filho de Jônatas e neto de Saul, o primeiro rei de Israel. Tinha somente cinco anos de idade quando Jônatas e Saul foram mortos na batalha travada contra os filisteus no Monte Gilboa. Ao saber da notícia e apressando-se em fugir, a ama de Mefibosete, deixou o menino cair, ficando ele aleijado de ambos os pés.
Era comum naqueles dias que o novo rei procurasse exterminar a descendência do seu antecessor, como forma de garantir a sobrevivência do seu reino. Davi, como fica mais tarde demonstrado, não seguiria essa tradição, mas a família de Saul não tinha tanta certeza. Além disso, o rei Saul passara os últimos dez anos do seu reinado procurando exterminar Davi, sem sucesso, a quem o profeta Samuel, por ordem do Senhor, havia ungido rei sobre Israel.
Assim, Mefibosete foge e vai morar numa terra distante, num lugar chamado Lo-Debar. Lo-Debar significa , onde não há pasto, um lugar seco, árido, inóspito. E assim, como toda verdade tem um paralelo, Mefibosete não somente passa a viver numa terra estéril, mas a sua alma também mergulha numa terrível sequidão. Ele passa a viver amedrontado, sobressaltado diante da possibilidade de ser alvo da fúria de um novo rei. Ele se torna um homem ressentido, depressivo, espreitando em cada sombra a silhueta da morte. Essa é a imagem que ele tem de si mesmo: um homem vencido, paralisado, sem forças para lutar, abalado, complexado, em depressão profunda, menos importante que “um cão”.
**A verdade é que temos alguma coisa em comum com Mefibosete. Ele nasceu numa família real, carrega consigo as marcas de uma queda e vive com medo. Quando Deus criou o homem ele desejou uma família de muitos filhos. Os nossos primeiros pais receberam a imagem e semelhança do Pai e, assim, como todo ser vivo se reproduz segundo a sua própria espécie, ao se multiplicarem, estariam reproduzindo esse mesmo DNA. No entanto, o primeiro casal escolheu desobedecer à ordem do Criador e caiu em desgraça. Como conseqüência, descobriram que estavam nus e com medo. Esse é o resultado da queda. Como Mefibosete caiu e ficou aleijado, assim também Adão e Eva, bem como toda a raça humana, caíram e ficaram aleijados da presença do Pai, passando a viver sobressaltados e com medo. O medo é uma terrível prisão onde o inimigo planeja colocar todo ser humano, paralisando e sugando as suas forças, com o intuito de matar, roubar e destruir.
É dessa forma que Mefibosete sobrevive por quase vinte anos. Enquanto crescia, a história de um passado glorioso e distante lhe era contada. Desde quando o seu avô reinou por quarenta anos em Israel. Como ele mesmo até os cinco anos de idade viveu no palácio real, com todas as facilidades que isso significava. Como sua família perdera o trono e como ele mesmo tornara-se coxo de ambos os pés. Ainda mais, agora tem que fugir, tem que se esconder, tem que viver numa terra ruim. Tudo parece um pesadelo que nunca termina. Ele se sente injustiçado, fracassado, triste. Mefibosete tem as marcas de uma orfandade profunda.
Há muitos vivendo hoje como Mefibosete. Feridos na identidade e esmagados por um profundo sentimento de desvalor, alguns se vestem de orgulho, enveredam pela soberba e endurecem o coração, tentando se proteger. Outros afundam na autopiedade, assumindo o papel do coitadinho lamuriento “ninguém me ama, ninguém me quer”, tentando atrair a atenção das pessoas, sem perceber que orgulho e autocomiseração são duas faces da mesma moeda, produzida pela mesma fonte: vergonha.
Certo dia, movido pelo desejo de revelar a paternidade de Deus, o rei Davi faz a seguinte pergunta: “… há ainda alguém da casa de Saul a quem eu possa mostrar a bondade de Deus?” 2 Sm 9.3. Davi aqui se oferece como um tipo de Cristo. Assim como o Senhor Jesus veio revelar o coração paterno de Deus, Davi estende a sua mão para abençoar Mefibosete e quebrar o espírito de orfandade que havia sobre ele.
É nesse ambiente que os carros do rei chegam para levá-lo. Os oficiais dizem a Mefibosete que Davi deseja vê-lo. Enquanto é levado ao palácio, ele deve ter pensado: “Chegou finalmente o que eu temia. Espero apenas que a morte seja rápida.” O que Mefibosete não sabia era que Davi havia feito uma aliança com Jônatas, seu pai, e ele estava decidido a cumprir o que prometera.
Quando finalmente Mefibosete encontra-se com Davi, ele ouve as mais lindas, paternas e sinceras palavras que um órfão poderia ouvir:
1. “Não temas”. Davi sabia que o maior monstro que atormentava Mefibosete era o medo.
2. “Usarei de bondade para contigo”. Deus é bom. Pois eu sei os planos que tenho para vós, diz o Senhor, planos de paz, e não de mal, para vos dar uma esperança e um futuro. Jr 29.11.
3. “Te restituirei todas as terras de Saul teu pai”. Fala de herança, filiação, direitos de filho. Fomos abençoados com toda sorte de bênçãos em Cristo.
4. “Comerás pão sempre à minha mesa”. Fala de provisão e honra.
O coração de Davi reflete o coração de Deus. Mefibosete viveu a maior parte da sua vida esperando pelo pior, sem saber que o coração do rei lhe era favorável. Ele não precisava viver fugindo e vivendo na esterilidade. Os planos do rei para ele eram de paz para lhe dar uma esperança e um futuro.
Assim é o coração do Pai. Todo dia ele tem uma palavra encorajadora para mim: não tenha medo! O seu caráter é imutável, e quando ele diz que me ama não há nada que eu possa fazer ou deixar de fazer que faça com que ele deixe de me amar ou me ame menos. Quando eu peco, ele continua me amando, embora deteste o pecado, e eu necessite me lembrar que pecado tem conseqüências. Ainda assim, ele continua sendo bondoso para comigo. A sua herança esta à minha disposição. Em Cristo tenho direitos de filho, tenho orçamento, eu já fui abençoado nas regiões celestes.
Mefibosete teve a sua sorte mudada. Sua verdadeira identidade restaurada. Sua alma curada. De órfão foi levado à condição plena de filho. Da terra árida foi levado ao palácio. Da vergonha foi elevado à dupla honra. Uma história de fracasso transformada em sucesso. Essa é a vontade do Pai para os seus filhos. Essa é a verdade a respeito do nosso Pai celestial. Não mais medo, não mais viver em esterilidade, não mais viver fugindo. Temos paz, temos uma esperança e um futuro, provisão e honra.

domingo, 1 de agosto de 2010

O som de sua vida: o líder de louvor e seu caráter

Muitas vezes tive o privilégio, e o desafio, de compartilhar com líderes de louvor os tópicos de integridade e caráter de Deus como características fundamentais para um efetivo líder de louvor. Eu, frequentemente, proponho a discussão fazendo a seguinte pergunta aos líderes: “Qual é o instrumento mais forte e mais poderoso que você usa como líder de louvor?” E as respostas são variadas de acordo com as preferências musicais encontradas na sala. Minha voz, meu violão, meu teclado, minha bateria (sim, alguns líderes de louvor estão usando isso!!). Alguém, inevitavelmente, fala, de uma forma tímida, e dá a resposta por trás das respostas: “minha vida”. Todos na sala balançam a cabeça concordando, enquanto atingimos um profundo acorde espiritual juntos.

O som de nossas vidas.

Biblicamente e experimentalmente, nós entendemos que uma vida poderosa é o mais permeável, inspirador, transformador e impactante instrumento de liderança que o Senhor tem em suas mãos. Podemos dizer que sua vida e minha vida são os “instrumentos de liderar louvor” – especialmente quando eles fazem um som que o agrada. Muito além de nossos dons musicais, Deus parece estar disposto a encontrar líderes de louvor ( de qualquer idade, eu posso acrescentar) marcados por uma riqueza de tons espirituais – tons derivados de uma vida intima com Jesus, integridade pessoal, compromisso público com a atividade do Reino e motivação pura dentro de si. Tais virtudes dão voz ao instrumento que usamos para liderar. O músico que procura um bom instrumento busca profundidade, riqueza e sustentação. Deus procura por corações bons – profundos, ricos e sustentados – para liderar Seu povo em adoração.

As freqüências do coração.

Para aprofundar mais a analogia, o som do nosso coração é feito de notas, ritmos e letras que são primeiramente forjadas num fogo profundo de escolhas diárias, através da alegria e do sofrimento. Nós chamamos a música do nosso coração de “nosso caráter”. Horace Mann uma vez disse: “Reputação é o que homens e mulheres pensam de nós. Caráter é o que Deus e os anjos conhecem de nós”. Nosso caráter é o nosso “eu” escondido, a música que vivemos, a postura com que nosso coração encara a vida.
Em Gálatas 5:22-23, nós lemos sobre o fruto do Espírito. Para nossa aplicação, nós vamos chamá-los de “sons do Espírito”. Essencialmente, o “som” que buscamos manifestar é o caráter de Jesus, que deve ser vivo e expresso através de homens, mulheres e crianças cheios com Seu Espírito. Veja como Eugene Peterson traduz essa importante passagem para nós: “mas o que acontece quando vivemos no caminho de Deus? Ele traz dons para nossa vida, de uma forma muito parecida com os frutos que aparecem nos galhos – coisas como afeição por outros, exuberância pela vida, serenidade. Nós desenvolvemos um anseio para agarrarmos estas coisas, um sentido de compaixão no coração e uma convicção de que a santidade permeia coisas e pessoas. Nós nos encontramos envolvidos em um compromisso leal, não precisando forçar nosso caminho na vida, capazes de empregar e dirigir nossas energias sabiamente”.
Nós vamos olhar brevemente para três áreas de caráter, ou sons do Espírito, que deveriam ressonar da vida de cada líder de louvor:

O som da santidade.

Santidade é vida pura. Santidade é manifestada no coração daquele que escolhe a inocência e a honestidade em face de um mundo que se declina à própria indulgência. O som de santidade é ouvido de um coração postado a honrar a Deus a qualquer custo, por seguir seu caminho, vivendo honestamente, aberto e confiante em Deus e nos outros, convencido de que é Deus que nos capacita a viver puros e inculpáveis, filhos de Deus irrepreensíveis no meio de uma geração corrompida e perversa. (Filipenses 2:15)

O som da fidelidade.

Fidelidade é uma vida de compromisso. Fidelidade é manifestada no coração daquele que tem um compromisso vibrante com Deus e com as pessoas. O som da fidelidade é ouvido do coração daquele que está envolvido em compromissos leais: comparecendo no horário, cumprindo as tarefas fielmente e sendo consistente com suas promessas. Nós confiamos que Deus, de acordo com Suas promessas, se mostre fiel e íntegro a nós (2 Samuel 22:26)

O som da integridade.

Integridade é uma vida consistente. Integridade é manifestada no coração daquele que vive a vida pública consistentemente com suas crenças particulares. O som da integridade é ouvido do coração daquele que é justo tanto em suas questões interiores quanto em questões expostas. Integridade fala sobre a verdade em lugares íntimos (Salmo 51:6) dirigindo e reinando em nossas motivações e atitudes, fazendo de nós homens e mulheres de palavra.

O caráter do líder de adoração.

John Wimber continuamente lembrava os líderes de louvor da Vineyard através dos anos: nós valorizamos o caráter acima dos dons. Ter o caráter de Cristo é central no chamado do líder de adoração. As atitudes do nosso coração influenciam cada membro da congregação ou grupo que lideramos. Nós discipulamos não apenas pelo como nós somos, mas mais concretamente por quem nós somos como líderes de louvor. As músicas e notas audíveis não são as únicas músicas que estamos cantando. Alguns anos atrás, um homem veio até mim após um período de louvor e me fez os melhores elogios que eu já tinha recebido. “Dan, seu violão não chegou nem perto da beleza de seu coração esta manhã. Seu coração me guiou ao trono de Deus”. Humilde, eu nunca esqueci que minha autoridade de liderar pessoas em adoração em vida pública está arraigada em uma vida secreta com Deus. A qualidade máxima em nossa liderança de louvor depende da qualidade máxima do nosso caráter interno.

Usado por Deus.

Todo líder de louvor que eu conheço tem um anseio de ser usado por Deus de uma forma profunda. No entanto, ao longo dos anos, eu tenho testemunhado muitas batalhas ganhas e perdidas na vida, neste solo de assuntos escondidos no estilo de vida dos líderes de adoração. Mesmo aqueles com o tremendo desejo de serem usados por Deus têm terminado sendo usados e abusados pelo inimigo de nossas almas. Se nós queremos mais do poder de Deus agindo através de nós, nós devemos, primeiro, permitir que o Seu propósito seja trabalhado em nós. Nosso fundamento interior tem de ser capaz de suportar o peso das responsabilidades espirituais. Verdadeiro caráter não é concedido em um momento milagroso; o verdadeiro caráter é conseguido com o tempo. O caráter divino é formado em nós, com o tempo e a experiência – não há atalhos ou encontros de poder que removam estes dois elementos.

Liderar com o som da sua vida.

Lidere o louvor com uma vida que, particular e publicamente, ressoa amor, obediência e honra a Jesus. Desta forma seu instrumento mais forte para liderar louvor será o som de sua vida e sua liderança de louvor irá manifestar o favor e a força que somente Deus pode dar.
Pr Josué

quinta-feira, 29 de julho de 2010


Esvaziar-se

Filipenses 2:5-11

Introdução: Um líder de êxito tem como característica principal a sua intimidade com o Pai. Quanto menos tivermos de nós mesmos e mais de Deus, mais eficaz será a nossa liderança. Essa premissa foi obedecida por Jesus. A Bíblia diz que a obra realizada por Ele só foi possível porque Jesus se esvaziou. O que significa esvaziar-se? Vejamos algumas respostas com base naquilo que o texto bíblico diz:

1. Esvaziar-se é ato voluntário - O verso 7 diz que Jesus “a si mesmo se esvaziou”. Entenda isso, Deus não nos esvazia, e não podemos esvaziar ninguém. Esvaziar-se faz parte da entrega individual, temos que querer isso.

2. Esvaziar-se é abrir espaço para o novo de Deus - é estar disposto a viver o que ainda não foi provado. É lançar-se num caminho novo, onde a única coisa que me traz segurança é a fé em Deus. É assumir novas formas, Jesus era rei, mas assumiu a forma de servo. É tornar-se o que não era a ponto de ser reconhecido numa nova figura. Veja que o Senhor esvaziou-se da sua divindade para tornar-se humano. Isso nos ensina que, no nosso esvaziar, sejamos cheios da essência divina (amor, perdão, fidelidade, bondade, etc).

3. Esvaziar-se é ter atitude de humilhação - o verso 8 diz que Jesus a si mesmo se humilhou. Ele abriu mão dos seus direitos, de suas prerrogativas, ficou quieto, não se defendeu, não julgou como usurpação o ser igual a Deus, pelo contrário, foi usurpado pelos homens.

4. Esvaziar-se é ser obediente até as últimas conseqüências - A confiança naquele que deu a ordem é tão grande, que eu sigo à risca o que foi ordenado, independentemente se vejo alguma vantagem ou não. Por isso, Jesus foi obediente até a morte como afirma o verso 8.

5. Esvaziar-se é dar oportunidade a Deus de nos exaltar - quando nos esvaziamos, estamos dando a Deus a oportunidade dele nos elevar, de nos dar uma nova graduação. Jesus recebeu um nome exaltado, um nome acima de todo nome.

Conclusão: todo o nosso trabalho para Deus depende da nossa disposição em nos esvaziar। Ele não pode fazer nada na vida dos que estão cheios de si mesmo. Aqueles que pensam que são. Porém, os que se humilham e se esvaziam, manifestando a sua dependência, serão usados para o seu louvor e glória.
पर Josué

domingo, 25 de julho de 2010


A Chave que Libera Multiplicação

Entre uma promessa feita e o seu cumprimento pode demorar um tempo. Esse tempo é determinado pela medida de nosso crescimento, compromisso, aliança, etc.
Quando Deus formou o homem e abençoou o primeiro casal, deu-lhes uma ordem: “Crescei, multiplicai e dominai...” Não haverá multiplicação sem a transformação que nos leva ao crescimento. Paulo testemunha a sua experiência dizendo: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino”. (I Corintios 13:11)
Jacó estava debaixo de uma tremenda promessa, porém sua vida era um mar revolto. Vamos aprender com sua caminhada.

A- Teve uma revelação - Gn 28:10-22
Ele traiu o irmão, mentiu ao seu pai e fugiu às pressas para não ser morto. Com medo, inseguro e sozinho. Ali no monte, ao dormir com sua cabeça reclinada em um travesseiro de pedra e estando ao relento, Deus se revela e lhe faz promessas.
O desespero do homem é a oportunidade de Deus. Quando você pensa que está sem saída e consciente de seus erros, é nessa hora que a bondade, a graça inexplicável do Senhor Deus todo Poderoso se manifesta para nos levar a uma mudança. Uma mudança na nossa vida é necessária para que o seu propósito e promessas se cumpram.

B- Teve uma Visão - Gn 32:1-3
Uma revelação tão tremenda com promessas tão grandiosas não foi suficiente para impactar Jacó a ponto de despertar uma mudança. Com sua indiferença, ele continua sofrendo, amargurado, ressentido e triste vive para si. Mesmo assim Deus lhe abençoa. Jacó tenta fugir de seu sogro com sua família e tudo o que é seu. Ele esta vivendo somente para si, mesmo tendo as promessas de ser Pai de Nações, como Abraão, e já estar completando seu grupo de Doze filhos. Em meio à turbulência de sua vida, Deus não desiste e lhe dá uma Visão.
Um líder deve saber que uma revelação tão tremenda e uma Visão clara de que Deus cuida de sua vida, não basta. É necessária uma mudança genuína para que surja uma nação.

C- Recebeu uma Unção - Gn 32:24-30
Deus tem meios para nos levar a um beco sem saída para que seu propósito se estabeleça.
(Salmos 107:24) - Esses vêem as obras do SENHOR, e as suas maravilhas no profundo.
(25) - Pois ele manda, e se levanta o vento tempestuoso que eleva as suas ondas.
(26) - Sobem aos céus; descem aos abismos, e a sua alma se derrete em angústias.
(27) - Andam e cambaleiam como ébrios, e perderam todo o tino.
(28) - Então clamam ao SENHOR na sua angústia; e ele os livra das suas dificuldades.
(29) - Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as suas ondas.
(30) - Então se alegram, porque se aquietaram; assim os leva ao seu porto desejado.
Jacó não tem saída! Uma mudança é necessária, e ele quer salvar sua pele, resolver seu problema, quer uma resposta imediata. Usa artifício humano para impedir o pior no encontro com seu irmão, porém Deus está trabalhando para levá-lo a uma mudança de vida para que seu futuro mudasse.
“Se você muda tudo muda”. C.C.D.

D- A Confissão libera a Unção - Gn 32:27
Jacó não podia se esconder nem mentir para Deus. Ele declarou seu nome e confessou quem era! É claro que Deus sabe tudo, porém Ele espera a nossa atitude. Jacó gastou energia a noite toda sem resultado, mas quando reconheceu sua dependência e que necessitava de uma mudança a Unção veio e com ela seu nome foi mudado. Seu futuro mudou: de trapaceiro, mentiroso, enganador, não confiável ele passa a ser Israel, príncipe de Deus, homem vitorioso com poder para gerar uma nação.

Jesus disse: “Não se põe vinho novo em odres velhos”. (Mc. 2:22)
O grande plano de Deus é para quem decide viver uma nova vida, receber uma nova Unção, que gera uma mudança e nos capacita a ser Pai de multidões. Não basta gerar Doze, é necessário deixar-se tratar no caráter.

Jacó teve uma Revelação.
Recebeu uma Visão, porém foi a Unção que em resposta à sua confissão gerou a grande mudança, e daí surgiu uma nação!

sábado, 24 de julho de 2010

Visitações e oportunidades


Visitações e oportunidades
João 4:10

Introdução: você já deixou passar uma boa oportunidade e depois se lamentou por não tê-la aproveitado? Acredito que todos nós, por uma razão ou outra, infelizmente, já tivemos experiências dessa natureza. Em alguns casos, faltou coragem, mas em outras situações o que faltou foi o discernimento. De repente, a bênção está ali na nossa frente, mas não temos o entendimento daquele momento, e, quando percebemos, já é tarde.

Certa ocasião, Jesus chegou a uma cidade samaritana, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José. Jesus, cansado da viagem, assentou-se junto à fonte de Jacó, enquanto os seus discípulos foram à cidade para comprar alimento. Nesse meio tempo, uma mulher chega à fonte para tirar água, e Jesus lhe pede água. A partir desse pedido, um diálogo é desenvolvido, e, nas palavras da mulher samaritana, percebemos como desperdiçamos oportunidades por falta de discernimento. Vejamos, então, com base nessa história, alguns ensinos que podemos extrair sobre oportunidades.

1. Reconhecer o presente – quando Jesus pede água para a mulher, ela responde: “Como sendo tu judeu, pedes de beber a mim que sou mulher samaritana...”. (9) A esta colocação, Jesus replicou, dizendo: “Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede... tu lhe pedirias, e ele te daria água viva”. (10) Em outras palavras, Jesus estava dizendo que um presente de Deus estava diante dela sem que ela percebesse.

Quantas vezes, Deus coloca presentes diante de nós e as travas da nossa alma não permitem que os reconheçamos. São oportunidades que Ele nos dá que podem mudar a nossa história. Por isso Jesus diz “se conheceras o dom de Deus”. Portanto, peça a Deus que lhe conceda uma percepção espiritual aguçada, a fim de que as oportunidades não sejam desperdiçadas e você possa desfrutar dos presentes do Pai. Agora lembre-se Deus não dá nenhum presente contrária a Bíblia sagrada que é a sua palavra;

2. Conhecer o dono do presente – em segundo lugar, temos que considerar que Jesus também disse que além de conhecer o dom de Deus, ela deveria conhecer aquele que estava lhe pedindo água. É fundamental reconhecermos a voz daquele que está falando conosco. Em 1 Coríntios 14:10, Paulo diz que há muitas espécies de vozes no mundo, e nenhuma sem significado. Ou seja, podemos ser iludidos pela voz do adversário e até mesmo pela voz do nosso coração. Por isso, conhecer o Deus que fala é tão importante.

Deus pode falar conosco e, mesmo assim, por alguma insegurança da nossa alma, rejeitarmos a sua voz. Entenda isso, Ele é o dono da bênção, e ela é liberada na sua voz. Por isso Ele diz para a samaritana: “se você conhecesse o dom de Deus e quem é que fala contigo, você pediria e Ele lhe daria água viva”. Quanto mais conhecermos Jesus, quanto maior for a nossa comunhão com Ele, maior será a familiaridade da sua voz, que tanto nos abençoará.

3. Vencer a arrogância da alma – em terceiro lugar, entendemos que a arrogância da nossa alma também nos afasta das bênçãos que Deus preparou para nós. Jesus tinha um projeto de salvação para aquela mulher, mas ao se aproximar dela, pedindo-lhe água, ela lhe dá uma resposta seca e preconceituosa: “Como sendo tu judeu dirige a palavra a mim que sou samaritana”.

Deus pode enviar a sua bênção de um modo não esperado. Podemos perder boas oportunidades dadas por Ele, pelo simples preconceito da alma. As nossas pré-concepções podem estabelecer decretos no nosso íntimo, pré-definindo o modo como queremos ser abençoados, e, se as coisas não acontecem como havíamos imaginado, rejeitamos a bênção porque ela não veio do jeito que queríamos.

4. Reconhecer que Deus entende mais de nós do que nós mesmos – em quarto lugar, devemos reconhecer que Deus entende mais de nós do que nós mesmos. Ele sabe de fato qual é a nossa real necessidade. Ao se aproximar da mulher samaritana e lhe pedir água, Jesus já conhecia a sequidão daquela alma. Jesus precisava de água para o seu corpo, mas o espírito daquela mulher estava seco.

Ao oferecer da sua água, a mulher se admirou, pois Jesus não tinha como tirar água. Entretanto, a sede do seu interior fez com que a conversa fosse adiante. Então, ela pediu ao Senhor que lhe desse da sua água. Nesse momento, Jesus lhe ordenou que fosse buscar o seu marido, e ela respondeu que não tinha marido, ao que Jesus replicou: “Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido”. (18)

Jesus enxergou a sequidão do seu interior. Ele viu o quanto ela era frustrada na sua vida afetiva, e por isso tocou na ferida a fim de curá-la. Ninguém nos conhece melhor do que o Senhor. Às vezes, nem mesmo entendemos o nosso modo de agir, não compreendemos os nossos sentimentos, sabemos que há alguma coisa errada conosco, mas não sabemos explicar. É nessa hora que temos de nos curvar diante do seu poder, reconhecendo que Ele tem o que precisamos.


Shalom a todos Pr Josué