sábado, 2 de fevereiro de 2013

A linguagem do Milagre



Provérbios 18:21 e João 11  
Introdução: você acredita em milagres? A Bíblia está repleta de relatos que testemunham acontecimentos milagrosos. Entretanto, muitas pessoas falam de milagres de uma forma leviana e descompromissada. Muitos se referem aos milagres como se eles fossem frutos do acaso ou, como popularmente se diz: da “sorte” de alguém. Porém, biblicamente, dentro da ação sobrenatural de Deus, sempre veremos alguém compromissado com o que está buscando. 

Provérbios 18:21 afirma que “a morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”. Isto nos leva a compreender que aquele que faz uso de uma linguagem correta será bem sucedido. O que liberamos com as nossas palavras tem uma importância decisiva em nossos resultados, tem influência no mundo do Espírito e naquilo que Deus vai fazer. Em outras palavras podemos dizer que uma linguagem adequada prepara o caminho do milagre.

Devido às pressões que sofremos muitas vezes nos precipitamos no falar e comprometemos o resultado. Por isso necessitamos de uma boca sarada, que fala o que deve ser falado e colabora com a ação de Deus. Jesus, o nosso modelo, foi perfeito no falar. Mesmo pressionado por diversas situações, o Mestre sempre foi exato em suas palavras e por isso foi respaldado pelo poder de Deus. 

O capítulo 11 do Evangelho de João relata a ressurreição de Lázaro realizada por Jesus. Esse grande milagre nos mostra como o Senhor foi perfeito em sua fala e como isso foi decisivo para que o milagre se realizasse. Tomando por base esse episódio, vejamos as quatro linguagens utilizadas pelo Senhor.

1. Linguagem profética – a primeira linguagem utilizada por Jesus foi profética. Quando Ele recebeu o recado das irmãs Marta e Maria, avisando que Lázaro estava enfermo, no verso 4, Jesus diz que aquela enfermidade não era para a morte, mas para a glória de Deus. Essa declaração é interessante porque Jesus disse que não era para a morte, mas Lázaro morreu. Isso mostra o entendimento que o Mestre teve daquela situação. A morte de Lázaro não era a definição da sua vida, mas iria cumprir com um propósito que glorificaria o Pai e o Filho.  

Portanto, o discernimento do que Deus está fazendo nos dá o entendimento espiritual; e o entendimento espiritual nos faz profetizar. Jesus estava convicto de que Lázaro ressuscitaria e por isso falou profeticamente; Ele não tinha dúvida de que aquela situação, por mais dolorosa que fosse, seria usada para glorificá-lo. 

2. Linguagem de Fé – em segundo lugar, Jesus utilizou a linguagem da fé. Marta disse a Jesus que se Ele estivesse lá, certamente Lázaro não teria morrido. Depois ela diz que tinha certeza de que mesmo naquela circunstância Deus concederia a Jesus tudo o que Ele pedisse. Então Jesus afirma que Lázaro haveria de ressurgir, é quando ela naufraga dizendo que sabia que seu irmão ressurgiria na ressurreição no último dia (21-24).  

Jesus estava falando da ressurreição naquele momento e não da consumação dos séculos. Percebendo a confusão dos sentimentos de Marta, Jesus estabelece uma linguagem de fé, preparando o ambiente para o milagre. É quando ele diz ser a ressurreição e a vida e que aquele que nele crê, ainda que esteja morto viverá. I João 5:4 afirma que “tudo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé”. Tudo o que o inimigo quer nos roubar é a nossa fé, por isso, em todo tempo temos que proteger a nossa confiança em Deus, para que nada nos tire a capacidade de crer. 

3. Linguagem de Louvor – outro aspecto a ser destacado é que no verso 41, antes do milagre acontecer, Jesus disse: “Pai, graças te dou porque me ouviste”. Lázaro não havia ressuscitado ainda, e Jesus já estava dando graças a Deus. Aqui nós encontramos mais uma linguagem do milagre, a linguagem do louvor. A reclamação, a murmuração, a crítica, as palavras ácidas, o azedume, todas essas expressões, fecham o canal do sobrenatural de Deus.  

Entretanto, por outro lado, devemos considerar que o louvor, a adoração, a gratidão, as ações de graça, abrem os céus e preparam o caminho do milagre. Portanto, invada o sobrenatural de Deus com expressões de louvor, retire a queixa dos seus lábios, agradeça ao Pai porque Ele sempre lhe ouve e, assim, veja o milagre se materializar diante dos seus olhos. 

4. Linguagem de Autoridade – a quarta linguagem utilizada por Jesus nós encontramos no verso 43. Ali, a Bíblia diz que Jesus clamou em alta voz: “Lázaro, vem para a fora”.  O verso 44 afirma que saiu da sepultura aquele que estivera morto. Vemos aqui a linguagem de autoridade também utilizada por Jesus. Foi a palavra de autoridade ordenando que Lázaro saísse da sepultura que fez com que ele voltasse à vida.   

Do mesmo modo, o Senhor nos deu autoridade espiritual e por isso temos que vencer a timidez da alma e tudo aquilo que possa nos inibir e liberar a palavra do milagre. Portanto, não se esconda, não recue, pelo contrário, avance, abra a sua boca com autoridade e chame à existência o milagre de Deus na sua vida e na vida dos seus discípulos. Certamente, a unção de Deus vai lhe respaldar e você verá a ação completa de Deus na sua vida.