segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Uma base para o reino de Deus


“Permanecei naquela mesma casa, comendo e bebendo o que vos oferecerem... Não vos mudeis de casa em casa.” (Lucas 10:7).

Quando Jesus enviou os setenta de seus discípulos, de dois em dois, para entrarem nas cidades e aldeias em busca dos “filhos da paz”, tinha em mente mais do que evangelizar algumas famílias. Este era apenas o objetivo primário da missão. Na verdade, eles estavam indo a fim de estabelecer nas casas que os recebessem bases de operação do reino de Deus.

O Senhor os enviou “adiante de sua face a todas as cidades e aldeias a onde Ele estava para ir” (Lucas 10-1). Isso quer dizer que aqueles discípulos deveriam preceder Jesus, preparando uma casa que pudesse recebê-lo quando ali chegasse, tornando-se sua plataforma de operações enquanto Ele estivesse naquele lugar.

Quando lemos desatenciosamente o capítulo 10 de Lucas, podemos imaginar que aquela missão consistia num contato superficial com algumas pessoas, tipo “evangelismo fastfood”. Pensamos em Jesus ordenando que seus discípulos fossem e no mesmo dia, quem sabe ao entardecer, recebendo-os de volta com seus relatórios cheios de entusiasmo. Entretanto, uma avaliação acurada do texto nos levará a perceber que não foi assim.

Aquela missão durou, no mínimo, algumas semanas. Temos vários motivos para crer nisto... Primeiro eles foram organizados, em duplas, enviados a diversas cidades e aldeias onde Jesus estava para ir. Deveriam encontrar uma casa e permanecer nela até que o Senhor chegasse ali. Seriam ao menos trinta e cinco casas, portanto, em lugares diferentes. Quanto tempo você acha que Jesus gastaria para percorrer todas elas, parando em cada uma, é claro, para pregar e abençoar os nativos daquele lugar? Se Ele fosse a uma “casa de paz” por dia (o que seria bastante intenso e desgastante, pois estamos falando de aldeias distintas), demoraria mais de um mês para ministrar em todas e completar a missão.

Mas há outro indício de que aquela tarefa deveria se estender por vários dias. Jesus mandou cada dupla de discípulos encontrarem uma casa e permanecer nela, comendo e bebendo do que lhes fosse oferecido (Lucas 10:7). Não é difícil percebermos que não se tratava de bater numa porta, entregar um folheto, dizer umas poucas palavras e partir. Não! O sólido com as pessoas da casa que se abrisse, convivendo ali pelo tempo suficiente, a fim de preparar aquele lugar para hospedar Jesus quando ali Ele chegasse e, obviamente, ser cede de sua pregação e de seus milagres.

Ao encontrarem um “filho da paz”, os discípulos de Jesus deveriam operar em três propósitos: Primeiro, anunciar a paz, pregar o evangelho a quem estivesse naquela casa (Lucas 10:5). Depois, enquanto permanecem ali, deveriam curar os enfermos (Lucas 10:9a), ou seja, confrontar qualquer situação prática que estivesse comprometendo a paz daquelas pessoas. Isso ia além da ministração de cura. Quando eles voltaram para dar relatório a Jesus, estavam animados porque os demônios se lhes submeteram (Lucas 10:17), indicando que durante a missão eles ministraram também libertação. 

Finalmente, deveriam proclamar a chegada do reino de Deus naquela casa, implantar o governo do Senhor ali (Lucas 10:9b). Quando o reino de Deus é estabelecido, cessa o domínio de satanás e cessa também a independência do homem.

Esse é o nosso alvo nos próximos meses. Vamos sair para encontrar uma casa e estabelecer um relacionamento de amizade e fé com quem estiver ali, levando-lhes a oportunidade de salvação e objetivando finalmente que aquele lugar se transforme na cede definitiva de uma célula, uma base permanente para Jesus operar.

Não precisamos de muita estrutura humana para fazer isso. Qualquer crente que tenha passado por um encontro com Deus e traga disposição no coração pode fazê-lo. Aqueles setenta que Jesus enviou eram novos convertidos. Jesus os mandou sem bolsa, nem alforje, desafiados a irem apenas na dependência de Deus (Lucas 10:4 a). Aliás, na equipe de Jesus só havia crente inexperiente. Ao final do seu ministério, os mais velhos de fé, seus apóstolos, tinham três anos de conversão! Por isso, eu afirmo que os setenta eram pessoas neófitas. Até então nunca haviam expulsado um demônio de ninguém. Isso fica claro na forma deles relatarem a experiência, quando retornaram da missão (Lucas 10:17).

Você não pode se esquivar desse momento. Não deixe que a timidez, o comodismo ou a falta de compromisso lhe roube dessa grande conquista. “Estamos indo em nome de Jesus” Ele disse: “Quem vos ouve, a mim me ouve; quem vos rejeita, a mim me rejeita; e quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou” (Lucas 10:16). Será que isso não basta para sermos obedientes e começarmos a procurar os filhos da paz que nos cabe encontrar, a fim de fazer de suas casas verdadeiras embaixadas do reino de Deus? Você vai dizer “sim” ou “não” a este chamado?

EM BUSCA DOS FILHOS DA PAZ


 Ao entrardes numa casa, dizei antes de tudo: Paz seja nesta csasa! Se houver ali algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; se não houver ela voltará sobre vós; (Lc 10: 5,6).
Quando Jesus enviou seus discípulos de dois em dois, tinha uma estratégia muito bem definida. Eles deveriam encontrar os filhos da paz e estabelecer uma base do Reino de Deus em suas casas.
Quem eram esses filhos da paz? Pessoas não convertidas, mas que tivessem o coração aberto para Deus e aceitassem abrir a porta de seus lares para o evangelho.
Hoje estamos sendo preparados para a mesma missão. Vamos nos organizar ceifeiros a fim de fazermos uma grande colheita para o Senhor. A grande questão é: Como encontraremos os filhos da paz?
1- Precisamos bater as portas das familias. Aqueles discípulos de Jesus não tinham endereço específico. Tampouco encontrariam um sinal na testa das pessoas indicando que elas estavam de coração aberto. Portanto, precisariam se aproximar de gente desconhecida, tentar entrar em suas casas e propror-lhes a paz de Deus.
Há muitas maneiras de fazer isto, mas todas elas desafiarão nossa timidez em receio de não ser bem recebidos. Se não ousarmos semear, nunca poderemos colher (veja II Cor 9:6).
2- Encontramos os “filhos da paz” quando buscamos as pessoas em suas necessidades. Há sempre gente que está carente de uma intervensão de Deus em sua vida. Se alguém está sofrendo, aí está um candidato em potencial. Veja um exemplo em João 5:5-9. Se Jesus não tivesse tomado a iniciativa de evangelizar aquele homem que sofria há tanto tempo, ele nunca teria sido salvo e curado.
3- Precisamos também abordar aquelas pessoas que estão curiosas quanto às coisas espirituais, como fez Filipe como oficial etíope em Atos 8:27-35. Ali, aparentemente não se tratava de uma pessoa com problemas. Muito ao contrário, o servo do Senhor poderia até se sentir intimidado por estar diante do representante de uma Raínha. Filipe, porém, percebeu que aquele homem estava lendo a Bíblia (embora não entendesse o que lia) e usou estabelecer um diálogo com ele e anunciar-lhe o evangelho. Assim, esse episódio terminou com Eunuco sendo batizado e levando a palavra de Deus para  sua terra. Se Filipe não tivesse intrepidez de pregar para ele, nunca saberia que ali naquela carruagem luxuosa estava um “filho da paz”...
4- A verdade é que precisamos aproveitar todas as oportunidades para falar de Cristo e descobrir quem está com o coração aberto. Veja um exemplo e Atos 16:13-15. Paulo conhece algumas mulheres e lhes anuncia o evangelho. Uma delas, chamada Lidia, e estava com o coração sedento e sua casa tornou-se uma "casa de paz”. Mas, e se Paulo não pregasse? O que teria acontecido se ele ficasse apenas orando? Quantas pessoas não deixamos de colher e quantas casas não permanecem fechadas só porque não ousamos bater em suas portas?
Às vezes, perto de nós, a pessoas desesperadas, mas não estamos atentos a elas. O próprio Paulo e seu parceiro Silas, salvaram toda uma família a partir do momento em que intervieram na vida de um carcereiro que estava para se suicidar (veja Atos 16:27-34). Muitos crentes desobedecem ao Senhor e não cumprem sua missão por causa da timidez e do receio de não serem bem sucedidos. Quando são enviados, perdem a sua paz, ficam irritados e se isolam. Não deveria ser assim.
**Quando enviou os setenta Jesus admitiu a probabilidade que algumas casas não iriam se abrir para eles. O que deveriam fazer, então? Perder a paz? Voltar frustrados? Não! O Senhor lhes disse: “se houver ali um filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; se não houver, ela voltará sobre vós” (Lucas 10:6). Simples assim! Em outras palavras, se você não obtiver exito numa tentativa, fique tranquilo e parta imediatamente para outra. A verdade é que temos que semear muito para colher alguma coisa. Não podemos nos desestimular com uma porta fechada, ou mesmo com pessoas que se abrem inicialmente, mas depois não permanecem no Senhor.
Um semeador da palavra precisa saber que nem toda semente prosperará, mas que a única forma de colher é continuar semeando (leia Eclesiastes 11:6 e Mateus 13:47-48 ). Eu não sei quantas sementes eu já perdi na vida, quantas pessoas a quem ministrei não deram o fruto esperado. Foram muitas. Entretanto, a alegria do meu coração está naquelas que permaneceram e eu só as tenho porque nunca deixei a frustração me calar. Os 70 discípulos enviados por Jesus voltaram um tempo depois “possuídos de grande alegria” (veja Lucas 10:17-18), não porque não encontraram portas fechadas, mas porque perseveraram e venceram as resistências de satanás. Vamos fazer o mesmo agora? Vamos aceitar o desafio de encontrar “filhos da paz” e estabelecer o reino de Deus em suas casas? Temos todos os motivos para fazê-lo.

**Primeiro, é o Senhor que nos está enviando. Segundo, a pessoas preciosas apenas esperamos que batamos em suas portas; Terceiro, só teremos experiencias sobrenaturais e motivos para voltar empolgados da nossa missão se ousar obedecer. Esta cidade está cheia de “filhos da paz". Nossa tarefa agora é descobrir onde eles vivem e entrar em suas casas para fincar a bandeira do reino de Deus. Você aceita esta missão?

Uma conquista de dois em dois


Depois disto o Senhor designou outros setenta, e enviou-os de dois em dois adiante de si a todas as cidades e lugares, onde ele estava para ir. (Lucas 10)

Chegou a hora de usarmos toda a unção que o Senhor tem derramado sobre nós nos últimos dias. Durante as próximas semanas vamos nos organizar em nossas células para que a partir do mês que vem tenhamos uma conquista sobrenatural de vidas e famílias através da estratégia que chamamos “casas de paz”.

A nossa inspiração está no capítulo 1º de Lucas, quando Jesus envia setenta discípulos para precedê-lo, encontrando casas que estivessem abertas para receber a paz de Deus.

1- A primeira coisa a compreender é que estamos sendo enviados pelo Senhor. O versículo 1 nos diz que Jesus “designou” aqueles discípulos, ou seja, incumbiu-lhes de uma missão. Embora eles não tivessem até então nenhuma experiência em pregar o evangelho, agora estavam ordenados e respaldados pelo Senhor para saírem em busca dos “filhos da paz”, entrar em suas casas e estabelecer ali uma base do reino de Deus.

Hoje temos um comando do céu para fazer o mesmo. O Senhor está nos comissionando para esta tarefa. Fomos escolhidos e designados para dar frutos (leia João 16:15) e não podemos nos esquivar desse privilégio e responsabilidade.

É interessante que o texto começa dizendo que “depois disto Jesus enviou outros setenta” (Lucas 10:1). Isso faz uma conexão com um fato anterior, relatado no final do capítulo 9. Ali nós vemos pessoas que tinham a oportunidade de seguir Jesus e ser enviadas por Ele, mas não foram porque demonstraram um coração inadequado.  Ao olhar a resposta que o Senhor deu a cada um, podemos saber por que há gente que não é usada na obra de Deus.

2- O primeiro não serviu porque não estava disposto a abrir mão do conforto e comodidade (leia Lucas 9:57-58). Embora ele tivesse um discurso entusiasmado, não queria parar o preço que os demais estavam pagando, seguindo Jesus muitas vezes sem ter nem onde reclinar a cabeça para descansar.

Num momento como o que estamos vivendo, debaixo de uma unção de conquista e desafiados a entrar em novas portas para o evangelho, não podemos pensar em nossa comodidade. É hora de fazer um grande esforço para ver a conquista que glorifique ao nosso Deus!

3- Outro candidato perdeu a sua oportunidade porque não estava disposto a tratar o chamado com a prioridade e a urgência que ele exigia (leia Lucas 9:59-60). Ele queria primeiro enterrar seu pai... Entenda não que seu pai houvesse morrido e ele pedira ao Senhor para terminar o funeral. Se fosse isso, certamente Jesus o teria permitido. Entretanto, esse homem usou o cuidado de seu o pai como uma desculpa para não servir naquele momento. Em outras palavras, ele estava dizendo: “Senhor, hoje estou muito ocupado. Um dia, quando meu pai morrer e eu não tiver mais que me preocupar com ele, te servirei...”

Muitas pessoas hoje vivem assim, dando desculpas de uma vida ocupada para não se envolverem no ministério. Têm outras prioridades que não são as do Senhor. Não entenderam ainda a expressão: “buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e todas as demais coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33), e por isso vivem correndo atrás das coisas deste mundo, sem nunca saciarem.

4- Um terceiro homem também não participou da missão porque Jesus não viu nele a disposição de perseverança no ministério (leia Lucas 9:61-62). Ao dizer que lançar mão do arado e olhar para trás é um atestado de indignidade, o Senhor denuncia este coração que não é capaz de ir até o fim num trabalho.

Este tipo de alma não serve a Deus. Por isso Jesus mandou “outros” setenta. A pergunta é:
E hoje, você está disposto a ser enviado para estabelecer uma “casa de paz” e perseverar nesta missão até o fim? Ou vai se esquivar por não estar disposto a pagar o preço, dando desculpa de não tem tempo e está ocupado com outras coisas em sua vida? Será que você está a fim de pegar neste arado e ir até término da missão? O Mestre pode contar com a sua vida?

5- Uma vez que Jesus viu com quem realmente podia contar, enviou-os de dois em dois (veja Lucas 10:1). Aqui está um segredo para nossa estratégia. A meta é que cada duas pessoas de nossa igreja estabeleçam ao menos uma “casa de paz” a partir do próximo mês. É melhor serem dois do que um (veja Eclesiastes 4:9-12). Jesus nuca enviou ninguém sozinho.

Obviamente vamos dar todo o suporte e cobertura. Cada um receberá o material para ministrar nas “casas de paz”, o apoio logístico e espiritual para conquistar seus objetivos, e a unção para esta aventura de fé. Você não vai ficar fora deste mover, vai?


Tenha certeza de que o fim será semelhante ao dos discípulos que Jesus enviou: “Voltaram os setenta cheios de alegria, dizendo: Senhor, até os demônios se nos submetem em teu nome” (Lucas 10:17).