Planejando o Fracasso

Ne 4:1-3,8,11. E sucedeu que, ouvindo Sambalate que edificávamos o muro, ardeu em ira, e se indignou muito, e escarneceu dos judeus. E falou na presença de seus irmãos e do exército de Samaria e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isso? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas? E estava com ele Tobias, o amonita, e disse: Ainda que edifiquem, vindo uma raposa, derrubará facilmente o seu muro de pedra.

E ligaram-se entre si todos, para virem atacar Jerusalém e para os desviarem do seu intento.

Disseram, porém, os nossos inimigos: Nada saberão disso, nem verão, até que entremos no meio deles e os matemos; assim, faremos cessar a obra.

Fazer a obra e a vontade de Deus sempre nos levará a uma batalha naturalmente. Quando nos dispomos a obedecer ao Senhor estamos emitindo um comunicado ao reino das trevas que o tempo de passividade cessou e que satanás ganhou um inimigo novo. Isso não é para nos colocar medo, pelo contrário, é para nos dar consciência da verdade, e a verdade diz que: maior é o que esta em nos do que o que esta no mundo.

O inimigo está sempre tramando algo para nos paralisar, pois ele não quer perder espaço do seu reino. Vemos isso claramente na experiência de Neemias quando este tentava edificar os muros de Jerusalém. O seu adversário não ficava satisfeito com as notícias de que a obra estava crescendo e tramou estratégias para cessar a obra. Ainda hoje funciona assim. Quando alguém ou algum grupo de pessoas se determina a fazer algo positivo, nobre, de valor para Deus e para a sociedade, logo surgem às contrariedades, os obstáculos, os que trabalham contra.

Uma das guerras mais difíceis de ser travada é na nossa própria mente. A bíblia fala de dardos inflamados do maligno. Estes dardos vêm contra a nossa mente tentando atingir nossa alma desestruturando nossos planos. A Palavra de Deus diz: o nobre projeta coisas nobres, e na sua nobreza perseverara. Não basta ter os projetos nobres é necessário perseverar neles. Quando não apagamos os dardos inflamados do maligno utilizando o escudo da fé, inicia um processo de desânimo, de tristeza, de descrédito nas promessas. Os sonhos começam a se esvair e parecerem distantes demais, inatingíveis, impossíveis. O cansaço toma conta, o discurso de vitória e ousadia da lugar para o discurso da desistência e do fracasso.

Satanás esta planejando o teu fracasso neste exato momento, e lançara pensamentos de fracasso em sua mente. Não é por acaso que o Ap.Paulo alertou quanto à armadura de Cristo e que nela esta contida o capacete da salvação. Este capacete é justamente para proteger nossa mente, nossos pensamentos, propósitos, sonhos. Desviar-se do propósito é muito fácil, basta um vacilo, uma desatenção e tudo pode ir por água abaixo. Jesus disse: vigiai e orai para não entrardes em tentação. O mais impressionante nesta artimanha do inimigo é que se ele conseguir penetrar na mente de alguém, este alguém se torna um agente multiplicador da semente do fracasso. Palavras são como sementes que crescem e dão o seu fruto. A boca fala do que esta cheio o coração – se o nosso coração estiver cheio de abatimento, desesperança, incredulidade, frustração, etc. tua boca emitirá a mesma espécie de sementes que acabarão por contaminar a outros alcançando assim o propósito do inimigo.

Uma alma flechada pela derrota produz murmuração e a murmuração e intolerável por Deus. O povo padeceu quarenta anos no deserto por causa de suas murmurações. O dicionário trata murmuração como falatório ou maledicência. A murmuração age como uma doença contagiosa, uma lepra ou uma sarna, contamina a todos que entram em contato com ela. Quando os dez espias deram um relatório de derrota, de impossibilidade, de incredulidade, de desânimo, de desistência, fizeram com que toda a nação fosse contaminada. Incrível, apenas dez pessoas paralisaram milhares.

Não podemos permitir que pensamentos malignos norteiam nossas vidas. É tempo de vigiar, de nos lavar e nos purificar de toda a lepra de murmuração e derrota. Tomemos posição como Josué e Calebe, pois estavam firmados na promessa de Deus e não nas circunstancias.

Neemias entrou em oração junto com o seu povo e alertou-os das estratégias do adversário. Hoje faço uma conclamação a toda a congregação: não desviemos do propósito, não esmoreçamos na fé, não emitamos decretos de fracasso, não nos contaminemos com a maledicência que é murmuração e guardemos nossas almas (pensamentos) puros e irrepreensíveis diante de Deus.

O que Deus prometeu Ele fará. Na tua vida, na tua casa, nos negócios, na tua célula, na tua igreja, na tua cidade. Arrependamos-nos agora de todo o pecado e lepra de murmuração e voltemos ao Senhor, pois ELE E FIEL.