Provérbios 18:21 e João 11
Introdução: você acredita
em milagres? A Bíblia está repleta de relatos que testemunham acontecimentos
milagrosos. Entretanto, muitas pessoas falam de milagres de uma forma leviana e
descompromissada. Muitos se referem aos milagres como se eles fossem frutos do
acaso ou, como popularmente se diz: da “sorte” de alguém. Porém, biblicamente,
dentro da ação sobrenatural de Deus, sempre veremos alguém compromissado com o
que está buscando.
Provérbios 18:21 afirma que “a
morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”. Isto nos leva a compreender que
aquele que faz uso de uma linguagem
correta será bem sucedido. O que
liberamos com as nossas palavras tem uma importância decisiva em nossos
resultados, tem influência no mundo do Espírito e naquilo que Deus vai fazer.
Em outras palavras podemos dizer que uma linguagem adequada prepara o caminho
do milagre.
Devido às pressões que sofremos
muitas vezes nos precipitamos no falar e comprometemos o resultado. Por isso
necessitamos de uma boca sarada, que
fala o que deve ser falado e colabora
com a ação de Deus. Jesus, o nosso modelo, foi perfeito no falar. Mesmo pressionado por diversas situações, o
Mestre sempre foi exato em suas palavras e por isso foi respaldado pelo poder
de Deus.
O capítulo 11 do Evangelho de
João relata a ressurreição de Lázaro realizada por Jesus. Esse grande milagre
nos mostra como o Senhor foi perfeito em sua fala e como isso foi decisivo para
que o milagre se realizasse. Tomando por base esse episódio, vejamos as quatro linguagens utilizadas pelo
Senhor.
1. Linguagem profética
– a primeira linguagem utilizada por Jesus foi profética. Quando Ele recebeu o
recado das irmãs Marta e Maria, avisando que Lázaro estava enfermo, no verso 4,
Jesus diz que aquela enfermidade não era para a morte, mas para a glória de
Deus. Essa declaração é interessante porque Jesus disse que não era para a
morte, mas Lázaro morreu. Isso mostra o entendimento que o Mestre teve daquela
situação. A morte de Lázaro não era a definição da sua vida, mas iria cumprir
com um propósito que glorificaria o Pai e o Filho.
Portanto, o discernimento do que
Deus está fazendo nos dá o entendimento espiritual; e o entendimento espiritual
nos faz profetizar. Jesus estava convicto de que Lázaro ressuscitaria e por
isso falou profeticamente; Ele não tinha dúvida de que aquela situação, por
mais dolorosa que fosse, seria usada para glorificá-lo.
2. Linguagem de Fé –
em segundo lugar, Jesus utilizou a linguagem da fé. Marta disse a Jesus que se
Ele estivesse lá, certamente Lázaro não teria morrido. Depois ela diz que tinha
certeza de que mesmo naquela circunstância Deus concederia a Jesus tudo o que
Ele pedisse. Então Jesus afirma que Lázaro haveria de ressurgir, é quando ela
naufraga dizendo que sabia que seu irmão ressurgiria na ressurreição no último
dia (21-24).
Jesus estava falando da
ressurreição naquele momento e não da consumação dos séculos. Percebendo a
confusão dos sentimentos de Marta, Jesus estabelece uma linguagem de fé,
preparando o ambiente para o milagre. É quando ele diz ser a ressurreição e a
vida e que aquele que nele crê, ainda que esteja morto viverá. I João 5:4
afirma que “tudo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que
vence o mundo, a nossa fé”. Tudo o
que o inimigo quer nos roubar é a nossa fé, por isso, em todo tempo temos que
proteger a nossa confiança em Deus, para que nada nos tire a capacidade de
crer.
3. Linguagem de Louvor
– outro aspecto a ser destacado é que no verso 41, antes do milagre acontecer,
Jesus disse: “Pai, graças te dou porque me ouviste”. Lázaro não havia
ressuscitado ainda, e Jesus já estava
dando graças a Deus. Aqui nós encontramos mais uma linguagem do milagre, a linguagem do louvor. A reclamação, a
murmuração, a crítica, as palavras ácidas, o azedume, todas essas expressões,
fecham o canal do sobrenatural de Deus.
Entretanto, por outro lado,
devemos considerar que o louvor, a adoração, a gratidão, as ações de graça,
abrem os céus e preparam o caminho do milagre. Portanto, invada o sobrenatural
de Deus com expressões de louvor, retire a queixa dos seus lábios, agradeça ao
Pai porque Ele sempre lhe ouve e, assim, veja o milagre se materializar diante
dos seus olhos.
4. Linguagem de Autoridade
– a quarta linguagem utilizada por Jesus nós encontramos no verso 43. Ali, a
Bíblia diz que Jesus clamou em alta voz: “Lázaro, vem para a fora”. O
verso 44 afirma que saiu da sepultura aquele que estivera morto. Vemos aqui a
linguagem de autoridade também utilizada por Jesus. Foi a palavra de autoridade
ordenando que Lázaro saísse da sepultura que fez com que ele voltasse à
vida.
Do mesmo modo, o Senhor nos deu
autoridade espiritual e por isso temos que vencer a timidez da alma e tudo
aquilo que possa nos inibir e liberar a
palavra do milagre. Portanto, não se esconda, não recue, pelo contrário,
avance, abra a sua boca com autoridade e chame à existência o milagre de Deus
na sua vida e na vida dos seus discípulos. Certamente, a unção de Deus vai lhe
respaldar e você verá a ação completa de Deus na sua vida.
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