Gênesis 17:1-10
Introdução: quando Abrão atingiu a idade de noventa e nove anos,
Deus lhe apareceu e fez uma aliança com ele. Aliança é um dos princípios de
Deus. Ele procura sobre a face da Terra aqueles que estão dispostos a assumir
compromisso e levá-lo a sério. Portanto, jamais podemos esquecer que o Deus de
Israel é Deus de aliança, Deus que firma pactos e os cumpre, e que espera o
cumprimento da parte que nos cabe.
Lamentavelmente, o caráter falho do ser humano tem levado muitos a se
esquecerem da aliança com Deus e com o seu povo. Sem compromisso não avançamos,
sem aliança não conquistamos, pelo contrário, nos enfraquecemos. Não podemos
seguir pelo caminho da conveniência, dominados pelo oportunismo da hora e
descartar o relacionamento quando acharmos que não é mais interessante.
Judas Iscariotes era um oportunista, pois sua aproximação do Mestre foi visando
o benefício próprio. Quando lhe foi conveniente vender Jesus, ele não hesitou
em receber as trinta moedas de prata. Quem assim anda, certamente será pego na
sua própria cobiça, mas aquele que entende o valor da aliança e a segurança que
ela representa para os filhos de Deus, certamente vencerá o tentador.
No estudo dessa semana, tomando a história de Abraão como base, e veremos como
uma aliança se estabelece, o que exige de nós, e o que ela produz.
1. Uma aliança se estabelece na promessa – em primeiro lugar,
entendemos que uma aliança se estabelece na promessa. No verso 2, Deus promete
a Abrão uma multiplicação extraordinária. No verso 4, Deus reforça dizendo que
Abrão seria pai de numerosas nações. Repare que, nesse mesmo versículo, Deus
diz que a sua aliança seria com Abrão e por isso ele se tornaria pai de
numerosas nações. Veja que a promessa da aliança é que faria isso no servo de
Deus.
No verso 6, Deus promete fecundidade a Abrão, e também afirma que nações e reis
procederiam dele. No verso 8, Deus promete dar a Abrão e a sua descendência a
terra das suas peregrinações, ou seja, um território inteiro seria dele e dos
seus descendentes. Entendemos que a aliança se estabelece na promessa porque a
promessa estimula a fé. Deus promete para que a nossa fé seja exercitada, pois
ela deve gerar ousadia na alma e nos fazer entrar no sobrenatural.
2. Uma aliança se estabelece no decreto – em segundo lugar,
entendemos que uma aliança também é estabelecida sobre um decreto. No verso 1,
Deus decretou uma exigência ao dizer que Abrão deveria andar na sua presença e
ser perfeito. Vimos que a promessa serve para exercitar a fé. Então, qual é o
papel do decreto? O decreto é dado por Deus para que a obediência seja testada.
A obediência é condição irrevogável dentro de uma aliança. A desobediência
quebra o pacto, por isso os desobedientes não permanecem na aliança.
Entretanto, quando não guardamos os mandamentos de Deus, deixamos de desfrutar
da sua bênção.
3. Aliança exige mudança de mentalidade – em terceiro lugar,
entendemos que a aliança exige uma transformação de mente. Não andaremos em
aliança sem que os nossos pensamentos sejam transicionados. Paulo diz que a
nossa transformação se dá pela renovação da mente (Rm 12:2), isto é, a mente
velha não é compatível com o novo estilo de vida. Por isso, no verso 5, a Bíblia diz que Deus mudou
o nome de Abrão para Abraão. Ou seja, Deus gerou uma nova identidade no seu
servo. Abrão quer dizer “pai elevado” enquanto Abraão significa “Pai de
Multidão”. Para um homem com noventa e nove anos que ainda não havia gerado um
filho legítimo com sua esposa, a compreensão daquela aliança, com todas as suas
promessas, exigia a construção de um novo pensamento. Portanto, deixe Deus
transformar os seus pensamentos, permita que Ele lhe conceda um novo
entendimento, para que você possa permanecer na aliança e desfrutar de tudo o
que ela proporciona.
4. Aliança produz marcas – em último lugar, constatamos que aliança
produz marcas. No verso 10, Deus ordena que todos os homens descendentes de
Abraão fossem circuncidados. Eles teriam uma marca física que os identificaria
como aliados do Deus Todo-Poderoso.
A obra espiritual que Deus faz nos dias atuais não produz mais marcas físicas,
mas a nossa alma e espírito recebem as marcas da aliança, fazendo com que os
nossos sentimentos sejam entrelaçados e os nossos propósitos estabelecidos em unidade. Quando
nos aliançamos com Deus e uns com os outros, Ele marca a nossa alma e, então,
compreendemos que já não poderemos mais viver sozinhos, e que a sua presença e
a companhia dos nossos irmãos são indispensáveis.
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